Memórias

Medo


O medo... Medo quando minha mente capta algo sobre me afastar de você, medo quando meu coração não sente mais as leves batidas reproduzidas pelo teu. Medo de uma distancia que nunca parece ter fim. Confesso que não suporto engolir a seco o fato do medo, o fato de me render ao dizer que vivo para senti-lo, e sinto esse medo quando percebo ausência de sorrisos nos dias que tudo parece bem. Sinto algo vindo de dentro, triturando e ardendo tudo em mim, vejo que minha paz de momento se vai ao vento, que as confusões dominam minhas razões e me faço milhões de perguntas, milhões de porquês. Entendo que nunca terá um motivo concreto de tanto medo. Talvez porque muito já sofri, e prefiro manter os meus pés em terra firme ao deixar meio centímetro fora da mesma. Meu coração parece forte e capaz de aguentar e sentir tal medo. Com tudo isso dito não posso me esquecer de que as contrações, dores e enfermidades causadas por medo somem quando estamos por perto, conectados em pensamentos, parecem ainda minimizar mais, quando me abraça, me prende nos teus braços, te fazendo como escudo, que não deixa efeitos colaterais caírem sobre mim.


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