Então diz:
- Chega o fim, o fim chega, geralmente não sou de suportar finais. Já que meramente nasci querendo sempre começar e começar outro, no meio do que já tinha iniciado. Claramente dizendo, só gosto de coisas novas, que ficam pela metade, sem fim, porque geralmente eles costumam ser bem ruins. Das minhas lembranças só me recordo o quão ansiosa eu ficava para começar algo novo. Uma aula de balé, outra de musica. Inscrevia-me em tudo, mas sempre parava naquela quarta semana de cada um. Talvez até pela situação cômica em que eu me colocava quando me perguntavam que curso eu fazia. Cerca de cinco, mas eles já tinham parado de receber minha presença. Isso é só um exemplo né, um dos muitos. Só que bem dizendo eu não gosto de finais. Acho que é algum tipo de medo, algo mais oculto, assim.
Indiferentemente ao terminar de ouvir o discurso lhe responde:
- Não tem que gostar. Finais são para acontecer, queira você ou não. Realize um final, de uma etapa, um ciclo. Assim conseguira até mesmo descansar o velho e iniciar o novo. Ponha um ponto final em tudo.
Triste lhe responde:
- Tenho mesmo que fazer isso?
- Sim _ responde com uma voz alta
Ela abaixa a cabeça devagar e descansa por segundos. Logo a levanta com olhos de esperança e diz:
- Tudo bem _ pausa - Mais só se o meu final for feliz.
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