O bom velhinho novamente entra em cena. Põe sua roupa, nem se preocupa em fazer a enorme barba, prepara suas renas, o trenó, e vai fiscalizar os presentes, a fim de certificar-se de que tudo esta perfeitamente bem. Que coração bom eu tenho, ele pensa e balança a cabeça positivamente para afirmar isso. Porém antes de entregar sua demanda de brinquedos ele resolve andar por sua fabrica de sonhos só para descansar a vida e se preparar para uma longa noite. E fica ali, só andando, de bobeira, como se tivesse tempo para tudo. Sem pensar ele passa por um bilhetinho que estava perdido no chão, o bom velhinho percebeu isto e resolveu voltar. Lançou no papel um olhar curioso. Colocou a mão na cintura para se apoiar e abaixou-se para apanhar a carta. Calmamente os nervos entram a flor da pele com a pergunta ''Será que eu me esqueci de alguém?''. E então ele abre cuidadosamente o papel. Uma carta pequena, com letras pequenas, carta de criança, da Ana. Que dizia...
''Nunca ganhei presentes Papai Noel, mas nunca desacreditei do natal, sempre soube que era um momento de alegria, de sair para ver os amigos, ou reuni-los em casa para brincar, cantar, sorrir, apesar de que nunca tive a chance de ter um natal assim. Este ano fui a mesma criança de sempre, só mudei a idade. Me esforcei e passei de ano na escola, consegui até colocar um dinheiro em casa. Aguentei tudo, até as dores da surra da mamãe. Chorei, mas estou aqui, vivinha da silva para mandar essa carta pra você. Eu não quero presente Papai Noel. Olha se não for pedir muito eu só quero que me de mais amor'' Beijos
Os olhos de Noel pela primeira vez encheram-se de lagrimas. Ele sabia que não poderia realizar este pedido. Então rezou. ''Deus, esteja sempre, sempre, sempre com a Aninha. Quando alguém esta contigo tem todo o amor de que precisa'' O velhinho então guarda a carta e vai para a sua jornada de presentes.
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